Publicado em: 31/Jul
Escrito por: Jair Crovador
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é um estado de completo bem-estar físico,mental e social, não é simplesmente a ausência de doenças ou enfermidades.
Porém, para a maioria das pessoas a saúde significa ausência de doenças, sem levar em conta os estados emocionais e psíquicos, mesmo carregando mágoas, rancores, frustrações e tristezas de toda ordem. Todas as pessoas que buscam algum tipo de tratamento nas clínicas, hospitais, nos centros espíritas ou em qualquer outro lugar que ofereça tratamento, em sua maioria não desejam a cura, desejam apenas anestesia. Querem apenas se livrar da dor e do sofrimento, sem se importarem com as origens dos sintomas que, invariavelmente, residem nelas mesmas.
É muito justo querer se ver livre do sofrimento e da dor, é parte essencial de um processo de cura. A ciência e a medicina estão aí para aliviar os sintomas, sem sombra de dúvidas, entretanto, o Espiritismo propõe um olhar mais abrangente. Segundo os benfeitores Espirituais, se não houver compreensão e reflexão sobre o que representa a dor ou a doença, não será possível encontrar um sentido justo e, consequentemente, não haverá a cura de fato e encontrarão apenas o anestésico. Será como dar uma demão de tinta em uma parede mofada e com bolor, fica bom e bonito por algum tempo, mas cedo ou tarde o bolor voltará, porque a origem do problema está na infiltração e não na tinta aplicada. É essencial se aprofundar e curar as infiltrações da alma.
Há uma ausência de consciência de como nós mesmos construímos nosso processo de adoecimento. Quando vamos ao médico, queremos apenas receber o remédio, um tratamento para curar e resolver os sintomas, não queremos saber de onde e como se originou essa dor, projetamos no médico a responsabilidade da resolução e não queremos saber o quanto nós somos os responsáveis por esses sintomas.
Uma das leis divinas mais importantes, que também influi e regula às questões envolvendo saúde, é a Lei de Ação e Reação. Essa lei é ainda muito mal compreendida e confundida com a lei de “Talião”, que vigorava na época de Moisés,"Olho por olho, dente por dente", porém Jesus veio trazer uma nova perspectiva, a lei de ação e reação não é um toma lá e dá cá, como muitas vezes ainda pensamos. Não, a Lei de Ação e Reação é educativa e não punitiva.
Adoecemos pelo movimento de nossa alma nas escolhas infelizes que nós mesmos fazemos e gerando consequências.
Jesus curou a muitos, porém não curou a todos. Porque será que todas aquelas pessoas doentes da alma e do corpo não conseguiram a cura, será que Jesus não queria curá-los ou será que Ele não tinha poder para tanto. É evidente que nenhuma destas questões faz sentido, então aonde estava o problema; a resposta é nas pessoas, naqueles que desejam a cura mas que não tinham fé e principalmente, atitude, proatividade e esforço, pois essa era a mola mestra, a iniciativa, a mudança que gerava condições para a cura, O Evangelho de Jesus está cheio de personagens que tiveram iniciativa, que desejavam mudanças em suas vidas e que tiveram atitudes para transformá-las. Zaqueu, um homem pequenino, não se deixou intimidar pela multidão e subiu em uma árvore para que Jesus pudesse vê-lo.
Bartimeu, o cego de nascença, também enfrentou a multidão e gritou duas vezes para que Jesus o ouvisse; e a mulher hemorrágica, se atira em meio à multidão para tocar as vestes do Mestre.
Toda doença é uma conquista, mas também um processo de cura. Atos, pensamentos e sentimentos quando carregados de egoísmo e orgulho, queixume e lamentação, azedume e rancor, são geradores de vibrações negativas e insalubres, tendo origem na mente, propaga-se no corpo espiritual, adoece o físico, gera comprometimentos, que cedo ou tarde,surgirão, não como punição, mas como reparação educativa do espírito imortal, que um dia compreenderá que o único e verdadeiro remédio que realmente cura é o amor, como o Amor de Deus pelos seus filhos.
-Jair Crovador
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